No ano de 1956, na gestão do Presidente Laurindo Izidoro Jaqueta, a Associação Atlética Ferroviária, lutava com séria dificuldade de ordem financeira, sem condições de renovar contratos, com vários jogadores.
Para continuar cumprindo a tabela do campeonato da 1º Divisão, dirigido pela Federação Paulista de Futebol, fez acordo com alguns jogadores que militavam no BTC (Bauru Tênis Clube), cujos nomes no momento lembro-me somente de três: Chocolate, Altaban e Juninho.
Esses jogadores não tinham compromissos de participarem dos treinos, recebiam o combinado no final de cada partida disputada.
Nessa ocasião, um Diretor nosso, Sr. Miguel Galvani, ferroviário da Estrada de Ferro Sorocabana, que pela função de camareiro, parava com freqüência na cidade de Bauru, numa das reuniões, sentado ao meu lado argumentou: Lauro, em Bauru, tem um escurinho que está arrebentando no futebol amador daquela cidade, porque você não manda buscar esse garoto.
Sem pestanejar respondeu: O Chocolate já me falou desse escurinho, mas para nós não interessa, na várzea de Botucatu, tem muitos jogadores dessa qualidade, nós precisamos de atletas já tarimbados.
Não muito tempo desse episódio, esse escurinho foi revelado com Edson Arantes de Nascimento, filho de Dondinho, jogador do BAC de Bauru.
Esse escurinho hoje nada mais é do que o Rei Pelé, que deu muitas alegrias ao povo brasileiro e considerado no mundo inteiro, como o melhor jogador de futebol de todos.”