Tanto Riso, Oh Quanta Alegria; Mais de Mil Palhaços no Salão

Desta vez fomos sim palhaços assumidos, bem parecido com a música ( “…TANTO RISO, OH QUANTA ALEGRIA; MAIS DE MIL PALHAÇOS NO SALÃO…”), afinal, o nosso carnaval é, sem sombra de dúvidas, depois do futebol, a maior paixão de todos os brasileiros. Diferentemente do papel que “desempenhamos” ao longo do ano inteiro (desta vez apareceu um tal de cartão corporativo, que temos que engolir e que, inclusive, custou a demissão de uma Ministra de Estado) curtimos bastante o jeito gostoso de ser carnavalesco, vestidos de palhaços.

Mesmo com as raízes sendo esquecidos por alguns promotores de bailes carnavalescos, parece que este ano tivemos, na cidade e fora dela (o carnaval de rua de Porangaba é simplesmente maravilhoso), diversas opções de curtir a festa do Rei Momo com muita originalidade. Tanto que, dois clubes da terrinha, promoveram duas noites pra lá de especiais, tipicamente carnavalescas. Num clima bastante festivo, totalmente descontraído e, o mais importante, em meio a confetes, serpentinas e as mais variadas fantasias os foliões se alegraram pulando e cantando as tradicionais marchinhas, elaboradas naqueles tempos em que o carnaval de clube fazia a diferença, tinha um peso forte.

A primeira noite pré-carnavalesca aconteceu no aconchegante clube da Vila dos Lavradores, ou melhor, no simpático “Dragões da Vila”. Lá, na noite da sexta-feira, 26 de janeiro, o dinâmico presidente daquela progressista agremiação que, diga-se, agrega associados de todas as partes da cidade, Antonio Cecílio Junior, o Juninho da Cine Vídeo Locadora juntamente com seus colegas de diretoria recepcionaram perto de 300 pessoas, que curtiram cinco horas de um verdadeiro “Baile das Marchinhas”. Como no ano passado esse congraçamento de foliões, mais uma vez, foi sucesso absoluto.

O outro baile “pré” que também agradou em cheio os foliões botucatuenses aconteceu na última sexta-feira no salão social do Botucatu Tênis Clube. Como já havia ocorrido com a festa dos Dragões, “nóis”, infelizmente também não pudemos marcar presença; no entanto, fomos informados que a animação tomou conta de todos os espaços, especialmente onde se concentrou o “time” da velha guarda.

Todas as dependências do antigo ginásio de esportes do BTC, palco, no passado, de memoráveis conquistas das equipes do nosso “Tênis” (nas mais variadas modalidades esportivas), situado nas imediações da Catedral Metropolitana, foram tomadas por associados e convidados (muita gente bonita) que tiveram uma receptividade digna de um grande espetáculo; aliás, bem antes do início do baile, os ingressos já tinham se esgotados, deixando muita gente do lado de fora. Além da bonita decoração e ornamentação que deixou o “velho” ginásio com cara de folia, os companheiros do jovem presidente Marcos Alvarenga dispensaram uma atenção muitíssimo especial para tudo e para todos durante todo o transcorrer do evento.

Pois bem, passado a fase “pré”, o verdadeiro momento de “hastear” a bandeira que simboliza alegria, descontração, paixão e porque não dizer, pular, gritar, cantar, sambar, festejar, “abriu alas”, aí não teve jeito: o carnaval mostrou a sua cara. Foram quatro noites e duas matinês na Botucatuense e duas matinês na Ferroviária; além, é claro, a festa popular no largo do Paratodos.

Também não participamos das festanças oferecidas aos seus sócios pela diretoria dos amigos Carlão Bonaldo da nossa gloriosa “veterana” da Avenida Dom Lúcio e João Francisco Chávari da Ferroviária. Soubemos que a festa da gurizada lá na baixada foi maravilhosa e que na “associação”, tanto de dia como a noite, a BANDA IMAGEM (que também alegrou os foliões nos bailes nos Dragões e no Tênis), mais uma vez, “arrebentou”. Confesso que não me surpreendi, visto que conheço o talento de todos os integrantes dessa maravilhosa banda aqui da terrinha.

Em momento algum deixaria de parabenizar a brilhante iniciativa dos idealizadores da festa popular que atraiu em média nove mil pessoas por noite e teve a animação da Banda São manuelense STÚDIO A, no largo do Paratodos. Soube através do radialista e amigo Tiago Lucas (o moço da “CASA DA SOGRA”) que os amigos Alexandre Adad e Gustavo Aguiar, proprietários da AG FEST encontraram um grande respaldo do Poder Público para a realização dessa grandiosa.

“Nóis”, que em tempos passados não tínhamos como se associar a nenhum clube social da cidade, pois, com o nosso salário, sequer conseguíamos sobreviver e também porque nascemos “pulando” e gostando de samba, parabenizamos todos aqueles que tiveram a sensibilidade de proporcionar esse tipo de alegria a tanta gente humilde.

Enfim, como diz a letra de uma música carnavalesca (MÁSCARA NEGRA): “…foi bom ti ver outra vez, tá fazendo um ano, foi no carnaval que passou…”, mesmo a distância, faço meus os dizeres desta marchinha imortal que, não tenho dúvidas, sacudiu a galera em todos os cantos deste país sambista.

Aproveitando toda a alegria que norteia o nosso coração nesses momentos, envio o meu carinhoso abraço desta semana a dois amigos inseparáveis, coincidentemente, leitores dos meus “contos” nesta coluna, que admiram o nosso jeito de “se dar as mãos”: o renomado cardiologista Doutor Marcos Garita e o homem forte da BIG TV, Beny Szajubok. Caros amigos é muito prazeroso tê-los como amigo e, principalmente, como parceiros e incentivadores das nossas obrigações com Ele, o Pai de todos nós; fiquei honrado com suas palavras. Ainda em ritmo de samba faço um agradecimento especial aos (também) amigos Luiz Roberto “Zulo” Coelho Gomes e Edgar Pain. Caros companheiros, se Deus quiser, no ano que vem, estaremos juntos novamente cantando: “…Me dê a mão, me abraça, viaja comigo pro céu, sou gavião…”.

Rubens de Almeida – ALEMÃO
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