Parabéns Tricolor Botucatuense

Passaram-se 68 anos do dia em que um grupo de trabalhadores da extinta Estrada de Ferro Sorocabana se reuniu com o propósito de montar um time de futebol que representasse, condignamente, toda a comunidade de ferroviários que residia na cidade.

Esse projeto foi tão bem elaborado que, por muito tempo, aquela equipe de futebol que usava as cores branco, preto e vermelho fez a alegria de todos os botucatuenses que apreciam o esporte mais popular entre nós, brasileiros: o futebol. Quem não se lembra das façanhas conquistadas pela Ferroviária nos campeonatos de acesso promovidos pela Federação Paulista de Futebol?

Porém, como sabemos, o futebol é um esporte muito oneroso, tanto que essa realidade acabou inviabilizando a continuidade daqueles shows que aconteciam nas tardes de domingo no “Estádio da Baixada”. O futebol profissional acabou sendo abolido da vida do clube.

Pois bem, tão logo isso ocorreu, outro grupo de esportistas, também com bons intentos, se propôs a transformar o nosso querido tricolor num clube social diferenciado e respeitável. O grupo tinha ainda o privilégio de ter no comando um homem público capaz, honrado e arrojado, Dr Plínio Paganini que, inclusive, acabava de deixar a Prefeitura, onde exerceu um grande mandato como Prefeito Municipal.

Claro que esse anseio tinha tudo para dar certo (e deu), mesmo porque, além da boa vontade, esse conjunto de pessoas (Dr Plínio Paganini, Dr Eduardo Guedes Cassemiro, Domingos Corvino, Rubens Galvani, Olavo B. Guerreiro, Dr Newton Colenci, Nicolau Mercadante e outros que, infelizmente, fugiram à minha memória) era merecedor da mais alta credibilidade na cidade. Aliás, esses esportistas chegaram a hipotecar seus patrimônios para saudar dívidas do clube. Dá para acreditar?

Hoje, a nossa gloriosa A.A. Ferroviária está “redondinha”. Evidente que continua enfrentando alguns problemas; afinal, quem não se depara com dificuldades neste país totalmente desorganizado? Entretanto, pela escola que tiveram seus atuais diretores, o clube está num crescer admirável e num desenvolvimento ainda maior, à altura do merecimento do seu quadro associativo.

Também não deixa de ser verdade que o nosso glorioso tricolor possui um dos maiores patrimônios de todo o Estado e que seus associados se orgulham de freqüentar um clube dessa grandeza.

“Nóis” que conhecemos um pouco da história dessa agremiação que iniciou sua caminhada com um grupo de “boleiros” e hoje é o que é, nos sentimos felizes e na obrigação de enaltecer o trabalho de todos aqueles (impossível nominá-los) que se propuseram trabalhar pelo clube.

Outra certeza que merece ser destacada diz respeito à atual administração. O moço João Francisco Chávari, atual presidente, também conseguiu montar um belo “time”, não para jogar futebol, mas para continuar administrando de maneira vitoriosa – como foram os vários mandatos do inesquecível presidente e amigo Plínio Paganini – esse tradicional clube. Graças a Deus isso vem acontecendo.

Enfim, hoje (3 de maio) é um dia muito importante para toda a coletividade tricolor; pena que alguns “ferroviários” já nos deixaram para ir morar no céu, mas nem por isso deixam de ser merecedores da nossa gratidão.

Parabéns, associados da AAF, por mais um aniversário. Parabéns Diretores e Conselheiros por representarem uma belíssima história de vida e por festejarem uma data tão importante como esta. Parabéns queridos colegas – João Francisco Chavari, Valter Acerra Junior, Carlos Antonio Winckler, José Antonio Grassi, Domingos Chavari Neto, Elaine Rosa Correa, Balzair “Bira” Ferreira Santana, Edgar Marcos Paim – por terem a competência e seriedade necessária para continuar administrando – do jeitinho vencedor que o “time” do saudoso presidente Plínio Paganini sempre fez – a nossa querida Associação Atlética Ferroviária. Àqueles tricolores que, infelizmente, não estão mais entre nós, a nossa admiração e a certeza de que, um dia, voltaremos a nos reencontrar. PARABÉNS, TRICOLOR BOTUCATUENSE.

O meu abraço desta semana vai para um leitor muito especial, que, inclusive, vê em “nóis”, qualidades para ocuparmos cargos na administração da cidade: Doutor Moisés Mendonça. Caro amigo Moisés, Deus foi e continua sendo muito generoso comigo; porém, em momento algum desta minha vidinha abençoada, ELE me incentivou a seguir os caminhos que levam a essa conquista.